segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Jeito carioca de ser

Saí com a minha prima numa dessas saídas que só as férias nos permitem. Havíamos marcado com alguns amigos em comum (que não foram). Em poucas horas encontramos um bando de conhecidos dela. Deste bando, seis acompanharam a gente pelo resto da noite.
Foi um daqueles dia em que você conhece muita gente intrigante, com quem dá pra bater um bom papo, mas que provavelmente você não verá outra vez. Eu tenho uma mania de imaginar como é a vida das pessoas (se são felizes, o que idealizam, o que as aflige...) e encontrei várias pessoas "para se imaginar" na noite passada: um bêbado escritor revoltado com a situação do país, um senhor que tocava Gilberto Gil no violão e fazia até os motoristas cantarem junto, uma menina alemã simpática que não parava de sorrir e de dançar, uma senhora no metrô que contava histórias de sua infância.
Pessoas como essas, misto de extroversão, simpatia e mistério, me impressionam. Em alguns poucos minutos são capazes de se tornar inesquecíveis.

O bêbado sofria pela morte da mãe.
O senhor cantava para vender pulseiras.
A menina ria para plantar sorrisos.
A senhora contava histórias para colher lembranças.

E é assim, com curtos momentos eternos, que se constrói um belo patchwork de memórias.

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