Minúsculos, microscópicos.
Engolem, entopem, estragam.
Caminham em suas veias fazendo cócegas. Tatuam listras vermelhas na sua pele - que vêm acompanhadas de um comichão forte qual escabiose demoníaca. Tê-los é estar sentenciado ao suplício eterno; senti-los é adentrar o Tártaro.
Eles coçam; eles caçam.
Alimentam-se de suas células; matam-no de inanição; e digerem sua carcaça esfaimada putrefata.
Escalam suas artérias, deslizam em seus ventrículos, contaminam seus brônquios, nadam em seu cérebro. Quando adormecem, fazem-no em seu bulbo raquidiano. Acordam ainda mais sádicos e trituram seu hipotálamo com pequeníssimos dentes afiados.
É aí que você acorda, lívido, com olhos arregalados de espanto e o suor frio empapando sua face.
Foi só mais uma enxaqueca noturna.
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Alívio.
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Thaís de Carvalho está ficando caduca. Manda que vocês, leitores, culpem o vestibular. E esclarece aos familiares que NÃO quer fazer Medicina (NÃO QUER!).
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2 comentários:
Lindo. Genial.
Comentário necessário: foda esse texto. Sabe que eu tb já tive muitos problemas com vermes na vida? Incontáveis, inúmeros.
Comentário desnecessário: sabe que, tecnicamente falando, um feto pode ser considerado um parasita tb? No sentido de que ele só te suga, mas não te dá nada em troca. Sentimentalidades a parte, estar grávida é ter um parasita dentro de si.
O.O
Beijos.
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