terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Entreouvido por aí: na depilação
- Só a área de lazer.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Você está de saco cheio quando:
- Evita algumas pessoas, por razões específicas.
- Evita algumas rodas sociais, por razões ainda mais específicas.
- Começa a ver razões específicas em tudo.
- Come mais em um dia do que costumava comer em uma semana.
- Fala mais palavrões por minuto do que costumava falar em uma semana. E não sente vergonha.
- Ri maleficamente quando alguém comenta que "você tá estranho(a)".
- Se sente parte do Show de Truman (e alguém reafirma essa teoria).
- Manda à merda qualquer pessoa que vier com discurso de livro de auto-ajuda e/ou ditos de Igreja, dentre as quais:
"É só você querer pra conseguir"
"Mentalize. Tem que ter pensamento positivo, porque energia negativa atrai coisas negativas" (este, além de irritante, vai contra as leis da física)
"Tenha fé em Jesus"
"Reze minha filha. Reze pedindo o que você quer que Deus nosso Senhor vai te ouvir"
ou até mesmo
"Faz um pedido antes de soprar a velinha!"
- Diz "vassifudê" pra objetos inanimados - inclusive o Orkut e todas as sortes do dia a ele vinculadas.
- Passa a irritar propositalmente as pessoas que te irritam.
- Tem discussões que não levam a nada pelo simples prazer de dizer ao fim da briga "eu odeio [acrescente aqui o substantivo desejado]".
- Entende e concorda com Sweeney Todd em todos os pormenores.
Juro que não é nada pessoal.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Pra boi dormir
*grilos cricrilando*
Capítulo 1:
Ah, tinha um inseto na minha cortina!
Eu primeiro pensei que era uma baratinha, depois vi que era mais cascudo do que isso. Aí achei que fosse um besouro, mas era pequeno demais, magro demais. Concluí que era um estágio pra percevejo. Definitivamente um quase-percevejo, só que sem fedor.
Abri a janela pra ele sair, e nada.
Capítulo 2:
Aparentemente Godofredo - como eu o batizei (um nome engraçado pra um bicho engraçado) - gostou do meu quarto. Não voou; ficou lá, mexendo as anteninhas. Se eu não tivesse com tanta preguiça - porque o corpo tá cansado, a cafeína só tira é a capacidade de dormir, mesmo - teria pegado uma lupa para analisá-lo mais de perto. Simpatizei com Godofredo. Sorri pra Godofredo. Godofredo acenou pra mim com as anteninhas. Voltei a digitar mais leve. "Tem um inseto não-identificado na minha cortina, a vida é bela". Até as náuseas passaram com a presença de Godô no meu quarto. Pensei em realmente adotá-lo; senão como companhia, como remédio. Godofredo devia ter poderes milagrosos, uma aura benta, sei lá. Só sei que me curou.
Capítulo 3:
Vez ou outra ele dava uma andada, mas sem sair da cortina. Tinha patas feias, dessas de besouro rola-bosta. Donde vem tantos insetos, meu Deus? Sério, tem muito nessa cidade. Já apareceu uma cigarra na sala, uma mariposa no banheiro e uma esperança na estante - só o bicho, infelizmente.
Capítulo 4:
Mas então, como eu dizia, o quase-percevejo Godofredo Astolfo (porque a essa altura ele já tinha um sobrenome) continuou lá, paradão, lendo as minhas conversas aqui no MSN, quando mamãe veio, deu um berro e mandou Doutor-cura-vômito pro beleléu.
Segue o diálogo pré-inseticídio:
- Olha, mãe tem um bicho na minha cortina *voz meiga de criança apatetada*
- AH! ESSE BICHO PICA!
- Pica nada, ele é mágico!
- Pica sim, peraí!
- Não mata!
* Mãe pega papel. Mãe amassa Godofredo. Barulho de bicho cascudo se contorcendo. Morte de Godofredo.*
- Eu disse pra não matar, mãe! Era só botar ele do lado de fora da janela!
- Eu não matei, só embrulhei* ele no papel toalha.
Foi assim que minha mãe (com uma péssima justificativa) matou um inseto-mago justo nos primeiros minutos do seu aniversário.
E Godofredo não fedeu, o que reafirma seus poderes curativos através da teoria de que é mais provável um ET tomar a forma de inseto pra remediar meus engulhos do que um percevejo não feder quando amassado.
Capítulo 5:
Seremos invadidos em represália?
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*Nota para o eufemismo: embrulhar < amassar < matar.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
There was a pretty little girl
in a cold, strange old world
that, she knew, was not kind,
wasn’t a friend, but in her mind
it was just a grammatical question;
First, she treated it as “him”,
and wrote His name as he was a king,
as no one before had ever mentioned
The World
Like an emperor, a king or a god,
the World is full of people,
and people are fool and odd;
She started smiling to everyone
and, though they didn’t smiled back,
she persisted; they were dumb;
She kept smiling, so they could see
she loved them all: loved you, loved me;
From time to time a pure soul
would answer her (what a goal!);
A timid smile from the bus’ backseat
from someone that thought she was weird;
It was clear that nobody, besides that girl
called that planet with capital W;
Nobody there had thought before
that they probably wouldn’t see her anymore;
The World is enormous and people vanish;
If not for death, they are simply banished
from other people’s lives without a clue
(as said before, the World is full);
If they knew it, then that timid smile;
would be no longer pity, but goodbye.
And seeing people just for an erasable second
wouldn’t be strange, or sad, or scheming,
for each smile would be a World pulse echo,
a brand new delightful feeling.