Ontem ao anoitecer, enquanto eu caminhava no caos tijucano de sempre, senti uma vontade imensa de escrever e olhei para o céu buscando inspiração.
Como ainda não era exatamente "noite", o céu tinha a cor do oceano. E lá, nesse mar celeste, entre umas poucas nuvens e estrelas, a lua cheia se erguia imponente e bela sobre todos os humildes pedestres que seguiam seu caminho feito máquinas, olhando (sem ver!) a vida terrena.
Era um verdadeiro quadro! E eu, como admiradora da noite que sou, empaquei diante de uma padaria para ver melhor. Sorri pro coelhinho lunar e pra primeira estrela da noite que surgia. Confesso até que lembrei do Pinocchio e fiz um pedido.
Mas as pessoas continuavam andando, insensíveis, algumas provavelmente me tomando por maluca ou coisa que o valha. A vida terrena seguia seu rumo e eu tive de seguir o meu; e a lua, tão perolada, tão luminosa, me fez perder a vontade de escrever. Porque ela por si só já era a própria poesia.
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Um comentário:
eu devia entrar neste blog mais vezes.
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